sábado, 26 de maio de 2012

Proposta de redação enem alunos 3º ano


Nesta proposta de redação vamos discutir um pouco a respeito das doenças modernas. Engana-se quem pensa que as doenças são causadas apenas por vírus e bactérias. Há outras que se instalam de forma sutil e, quando percebemos, pode ser tarde demais. Para refletirmos sobre isso, coloco abaixo a proposta de redação e depois sugiro algumas ideias que serão usadas na sua redação.

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O contato com a natureza é um santo remédio!!

Instruções para a proposta:
Procure atender às seguintes sugestões:
  • assuma com convicção um posicionamento;
  • assumido o posicionamento, selecione os argumentos favoráveis a ele;
  • não descarte os argumentos desfavoráveis, pois eles podem servir para urna possível contra-argumentação;
  • elabore uma relação de argumentos e hierarquize-os se possível; isto é, disponha-os na ordem do mais forte para o mais fraco;
  • procure manter as relações lógicas estabelecidas pelos próprios argumentos;
  • evite a repetição de um mesmo tipo de argumento, assim como as generalizações sem provas concretas ou particularizações indevidas.
  • dê um título a seu texto;
  • escreva, no máximo, 30 linhas;
  • use caneta azul escuro ou preta e faça letra legível para o corretor.
Tema da redação: 
"Ação à distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo das massas, Holocausto: através das metáforas e das realidades que marcaram esses 100 últimos anos, aparece a verdadeira doença do século…” (extraído de "Rápida Utopia", Umberto Eco, em Veja — 25 ANOS: Reflexões para o futuro)
Dê continuidade a esse texto, desenvolvendo o tema destacado. Selecione, da enumeração abaixo e de seu universo de informações, os argumentos necessários para a defesa de sua tese.

1. Qual seria a verdadeira doença do século? Existe realmente a doença a que se refere o autor ou se trata de uma figura de linguagem?
2. Há apenas uma doença ou um conjunto de doenças? Quais os sintomas? Quais as causas?
3.  O século XX traz consigo a soma das conquistas humanas e das contradições seculares não resolvidas.
4.  Século das massas - inúmeros direitos conquistados; outros por conquistar. Isso seria uma doença?
5. Século da vertiginosa corrida tecnológica e científica: deixamos para trás o barco a remo, a energia eólica e viajamos no foguete interplanetário ou pela Internet. Daí a hiperespecialização (outra doença?). A ciência e a tecnologia, definitivamente, tornarão o homem um escravo (3ª doença?) ou garantirão a sua sobrevivência no planeta? (A tecnologia que destrói a camada de ozônio será capaz de reparar os danos causados à natureza?   Os homens da ciência nos salvarão do câncer e da Aids, ainda que continuem poluindo os rios, contaminando-nos com produtos tóxicos?).
6. Século da comunicação rápida: já trocamos o carro de boi por cartas e celulares. Um tornado nos Estados Unidos, uma bomba no Oriente Médio, um recorde quebrado na maratona de Sidney, um vírus ebola na África, tudo isso pode ser dividido conosco, em frações de segundo, sem que precisemos sair de casa. A velocidade desse século fez com que a comunicação transformasse a informação em espetáculo (4ª doença?). Assistiremos, confortavelmente no sofá de nossa sala, à descida do homem em Marte e às guerras da fome? Veremos e ouviremos a (in)feliz notícia de que o homem foi finalmente clonado ou apertou o tão temido botão que a tudo e a todos elimina à distância?
7.  Século da montagem em série: o precioso tempo que se gasta para fazer uma carroça já é coisa do passado. Hoje carros "pingam" por minuto; bicicletas, remédios, roupas, também. Bens materiais e espirituais se equivalem na linha de montagem. A palavra também é coisa (5ª doença?).
8.  Século dos limites: estresse, depressão, fragilidade, neurose, enfarte; apogeu da inteligência e da burrice humanas expressas em paradoxos abundantes; exacerbação do poder, do estrelismo realçados pela egolatria e pela busca insana de um brilho fugaz; sucateamento das emoções e aniquilamento das paixões; poderio do medo e da desordem, da conspiração; consagração do golpe, do roubo, do assassinato mesquinho e "politicamente correto" (6ª doença?).

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